Yemanjá, a rainha das águas.
A mãe de quase todos os orixás.
Sempre associada às águas (sejam doces ou salgadas), seu nome deriva da expressão Yé Yé Omó Ejá, que significa "mãe cujo filhos são peixes". É regente dos rios e oceanos, e considerada a protetora dos marinheiros e pescadores.
Apesar de no Brasil a simbologia em torno de Yemanjá seja fortemente ligada aos oceanos e seja cultuada nas águas salgadas, sua origem é atrelada a um rio que deságua no mar, o rio Yemojá. Passando a ser cultuada posteriormente no rio Ogun (que não tem relação com o Orixá Ogun), e após a diáspora africana, sendo levada para lugares como as Américas, passando a ser fortemente associada também às águas salgadas dos oceanos no "Novo Mundo". Tornando a ser cultuada assim em lugares como o Brasil, Cuba, República Dominicana, e em Trindade e Tobago.
É cultuada principalmente nos corpos d'água, nas praias e no encontro do rio com os oceanos, especialmente, onde suas celebrações e oferendas são deixadas em sua maioria nesses locais.
Em outros lugares também se torna comum suas ofertas sendo feitas em rios e em lagos, onde originalmente encontrávamos seu culto.
Em suas celebrações é muito comum se ver oferecidas flores, perfumes, espelhos, bijuterias e frutas e comidas, que são reunidos em pequenos barcos lançados às águas, dos oceano e demais corpos d'água.
Durantre a incorporação de Yemanjá em terras brasileiras, a Orixá que já possuía uma conjunção natural e originária com a fertilidade e a maternidade, passa a ser associada também - juntamente a Oxalá - à criação do mundo, Formando assim o Par Primordial da Criação, e passando a ser considerada a mãe de quase todos os orixás.
Yemanjá possui grande prestígio e representatividade no Brasil, não somente entre os adeptos e praticantes de religiões de matriz afro e demais manifestações influenciadas.
Entretanto, ao repousar sobre ela o arquétipo da Grande-Mãe, Yemanjá torna-se uma divindade de natureza fortemente sincrética. O que contibui e justifica o motivo de tamanha expressividade e reconhecimento para com tal figura.
Na Bahia, ela foi sincretizada e corresponderia à Nossa Senhora da Conceição no catolicismo; em diversos locais a associação acontece também com Nossa Senhora dos Navegantes (por exemplo, para os católicos no Rio Grande do Sul), Nossa Senhora da Piedade, entre outras. Em outras regiões do país, ela é também aproximada e toma por características semelhantes à figura da própria Virgem Maria.
Existindo ainda, os processos de sincretismo com a cultura indígena, partem as correlações com Iara ou Janaína - a Mãe D’água - o que justificaria sua representação como sereia e diversas representações de Yemanjá com fortes traços indígenas.
Daí também, pode ter surgido seu epíteto de Raínha das Águas.
Segundo M. A. Sampaio, a pronúncia correta de Iara, seria Jara, significando no guaraní "senhora, dona, proprietária". Não significaria então o 'Senhora das Águas' que conhecemos. Mas unindo à partícula "Y" (que significa "água" no guaraní, e que curiosamente também está presente na forma original de Iemanjá, "Yemoja"), formaria por conseguinte Yjara, ou por fim: Yara, a "Senhora das Águas".
Yemanjá é a grande mãe
É a criação do mundo
O cuidado com todos
A maternidade, o amor e a compaixão
Ela é a mãe que orienta e acolhe, que educa e mostra os caminhos, quem sabe acima tudo, explorar e demonstrar as potencialidades presentes em cada um de nós.
Yemanjá é o espelho do mundo, quem reflete todo o amor e repele todas as diferenças. Pois sois mãe e um espelho para teus filhos, sois seu exemplo de amor, caminho e de conduta.
Que a Raínha das Águas em seu dia, 02 de fevereiro, nos abrençoe com seu manto, que suas águas limpem nossos caminhos e lave nossas almas para que assim estejamos puros de coração, e nos tornemos aptos e merecedores de receber as graças e o amor conferidos por Ela e pelo nosso senhor Deus, a todos nós!
Odoyá! Salve Rainha das Águas!
Salve Yemanjá!
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